segunda-feira, 29 de março de 2010

DEBATE ABERTO: BRASIL!

"A posição do Brasil perante o mundo, a América Latina e, em particular, o subcontinente sulamericano conduzirá nosso país à berlinda: ou aceita-se esta liderança, que se coloca natural, ou será substituído por outra nação. Ante sua posição territorial, suas reservas minerais, especialmente, ferro e petróleo, sua produção no campo com o agronegócio, além do seu crescente mercado consumidor, o Brasil situa-se como o principal interlocutor das aspirações e interesses dos países latino-americanos e do grupo de países que assumiram, nos últimos anos, uma vanguarda em relação aos países desenvolvidos. China, Rússia, Índia e Brasil (BRIC) assumem uma possibilidade de negociação nunca vista antes, ameaçando o predomínio da França, Inglaterra, Alemanha, Japão e mesmo dos Estados Unidos e sua política econômica de mão única, sempre priorizando os interesses dos oligopólios que representam, como se deu com o México e sua inclusão no NAFTA (North American Free Trade Agreement). Aqui, os Estados Unidos tornaram-se o principal parceiro comercial dos mexicanos. O Brasil, ao contrário, optou por tornar-se um global trader, priorizando a busca por múltiplos parceiros comerciais, diminuindo a nossa dependência da economia estadunidense que já representou mais de quarenta por cento (40%) das nossas exportações e atualmente coloca-se entre quinze por cento (15%) e dezessete por cento (17%). Assim, como proteger estas riquezas e este povo? Como proteger-se, o Brasil, da ganância dos países ricos, como é o caso da internacionalização da Amazônia?  E o pré-sal? É inevitável continuar submisso aos interesses das grandes potências ou pode-se tentar uma posição mais independente, garantindo aos brasileiros o gozo do que a natureza lhe ofereceu? Há mais perguntas, mas as deixo para Valter Cal, meu caro aluno, que indaga sempre sobre a posição do Brasil, especialmente, no atual governo. E aí Cal, que rumo pode-se dar à nossa política externa: independência ou submissão?

Abraços a todos,

MR

Um comentário:

  1. Como já dizia Ciro, o rei da Pérsia, "se demonstra força, todos querem ser seus aliados.Ao contrário se demonstra fraqueza ninguem te dará importância. E se tendo riqueza não demonstra força, atrairá sobre sua cabeça todas as ambições do mundo." Qual seria a equação que determinaria o x do nosso progresso? Somos uma nação de grande extensão territorial, um tipico "país baleia", em que é claro e evidente a abundância de recursos naturais que traz essa vasta área, no entanto essa opulência convive com a corrupção e ignorância de grande parte de nossos politicos. Engraçado, uma vez, via uma reportagem em que um dos representantes do povo não sabia o significado da sigla BRIC´s, fiquei até com um certo receio de não ser brasileiro, pois acredito que aquele individuo não estava apto para tal representação e tornar realidade minhas aspirações.A percepção de crescimento e de liderança, finalmente, nos traz a uma era em que deixamos de ser o potencial e passamos a ser potência!!! Em que seremos o país do futuro?
    Esquece!!! Nós somos o país de agora.E como tal tenho que concordar com o senhor, grande professor Manoel Rocha,em que a independência e a soberania devem ser respeitadas, não podendo deixar de exaltar que este progresso exponencial estará consumado quando fomos capacitados de desenvolver nossa própria tecnologia, principalmente na área militar, e abandonar a ilusão de transferência de conhecimentos ou parcerias estratégicas, afim de tornar excludente a nossa dependência externa e garantir a integridade do território brasileiro.

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Quem sou eu

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Professor das redes pública (estadual e municipal) e particular, atuando como docente na Escola Estadual Gov. Roberto Santos, Instituto Municipal de Educação José Arapiraca (IMEJA), Colégio São José e Colégio Salesiano (Nazaré), onde se encontra em licença sem vencimentos. Formação Profissional: Licenciatura Curta e Plena em Estudos Sociais, com habilitação em Geografia, História e Educação Moral e Cívica pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS); Bacharel em Ciências Jurídicas pelas Universidade Católica do Salvador (UCSAL) e Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-graduações: em Geografia Econômica pela Fundação Severino Sombra, Vassouras – RJ, e Metodologia e Didática do Ensino Superior, pela Faculdade São Bento, Salvador, Bahia (concluinte) e, atualmente, estudante do Curso de Bacharelado em Geografia, do Instituto de Geociências da Universidade Federal da Bahia – UFBA.